Ministro da Justiça prestou solidariedade à família de PM morto e descartou qualquer intervenção no Estado
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta 2ª feira (31.jul.2023) que “não parece proporcional” a reação da polícia de São Paulo depois da morte de um policial militar na última semana. Ele, entretanto, prestou solidariedade à família do PM assassinado e descartou qualquer tipo de intervenção no Estado.
Uma operação da Polícia Militar do Guarujá, no litoral paulista, matou ao menos 10 pessoas desde 6ª feira (28.jul), informou a Ouvidoria da Polícia do Estado no domingo (30.jul). A ação é uma reposta ao assassinato dp policial Patrick Bastos Reis, morto a tiros na 5ª feira (27.jul).
“Chama atenção o fato de você ter um terrível crime contra um policial, um crime realmente que merece o repúdio, a repulsa. Sendo usado, inclusive, uma pistola de 9 mm e houve uma reação imediata que não parece, nesse momento, ser proporcional em relação ao crime que foi cometido”, afirmou Dino. O ministro, porém, ponderou que é preciso aguardar as investigações do Estado de São Paulo para fazer qualquer afirmação sobre o caso. Para ele, as câmeras no corpo dos policiais devem esclarecer se a reação da polícia foi ou não desproporcional.
“O governo federal não tem uma postura intervencionista, de intervir nas competências dos Estados, nós temos que aguardar a condução do Governo de São Paulo”, disse. O ouvidor Claudio Aparecido da Silva contou em entrevista à GloboNews que moradores da cidade relataram torturas. Os agentes de segurança também teriam prometido matar ao menos 60 pessoas. Outras duas mortes aguardam confirmação.
O suspeito, Erickson David da Silva, 28 anos, é conhecido por atuar como sniper –atirador profissional– do tráfico. Foi preso no domingo (30.jul), na zona sul da capital paulista. O governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou pelo Twitter que, ao todo, 3 envolvidos foram presos. “A justiça será feita. Nenhum ataque aos nossos policiais ficará impune”, completou.
O suspeito de matar um policial militar em São Paulo, Erickson David da Silva, gravou um vídeo antes de ser preso pedindo que o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, parassem com a “matança”.
Poder 360