Reprodução TV Justiça


Nesta quarta-feira (13), o Supremo Tribunal Federal (STF) deu início ao julgamento de quatro ações penais relacionadas aos acontecimentos de 8 de janeiro, quando os edifícios representativos dos Três Poderes foram alvo de vandalismo. Está prevista outra sessão para hoje, às 14h, com foco nas ações penais em aberto contra Aécio Lúcio Costa Pereira, Thiago de Assis Mathar, Moacir José dos Santos e Matheus Lima de Carvalho Lázaro.

Sebastião Coelho, o advogado e desembargador aposentado representando Aécio Lúcio, iniciou com uma defesa contundente, alegando um “julgamento político” e clamou pela presença física do seu cliente, que foi negada. Coelho também solicitou que o ministro Alexandre de Moraes se abstivesse de participar do julgamento, uma sugestão rapidamente rebatida por Moraes, que retrucou ironizando a minimização dos eventos de 8 de janeiro.

Coelho reclamou do tratamento dado ao cliente. “Aécio não vê familiares há tantos meses porque não tem cartão de vacina, tão em moda nesse país”. “Peço que vossa excelência se declare suspeito, agora”, afirmou o desembargador ao ministro Alexandre de Moraes.

“Às vezes, o terraplanismo de algumas pessoas faz parecer que, no dia 8 de janeiro, tivemos um domingo no parque. Pegaram uma fila, compraram um tíquete e entraram como se fosse no Hopi Hari, em São Paulo”, comparou o ministro.

Antes da defesa de Coelho, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, descreveu os atos de 8 de janeiro como uma tentativa de derrubar um governo eleito legalmente, e fez um pedido enfático pela condenação de Aécio Lúcio com base em múltiplas acusações graves, incluindo a associação criminosa armada e a deterioração de patrimônio tombado.



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