Organização dos Países Exportadores de Petróleo vai reduzir produção dos barris do óleo e valor da commodity passa por US$ 80 depois de 15 meses em baixa. O preço do barril do petróleo amanheceu em alta na Ásia e na Europa nesta segunda-feira (3). A subida no valor reflete o anúncio de corte na produção anunciada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Opep. A Arábia Saudita disse que reduzirá a produção em 500 mil barris por dia. Enquanto a Rússia anunciou a manutenção do corte de 500 mil barris diários já em vigor desde março.

O Brent, padrão mais negociado de petróleo, ultrapassou a barreira de US$ 80 e já é cotado a mais de US$ 86. O aumento pressiona a inflação global, já que o óleo negro é utilizado na produção de combustíveis e outros materiais. O corte na produção foi anunciado após o valor do petróleo atingir o menor nível em 15 meses, com o barril cotado a menos de US$ 70. Quanto mais barato fica o óleo, mais sofrem as companhias que trabalham com a commodity.

A Opep é um grupo de países que controla grande parte da produção de petróleo do mundo. Em parceria com a Rússia, o consórcio representa mais de 70% do óleo extraído no mundo. Países compradores acusam a organização de ser um cartel que calibra a produção do barril em detrimento próprio. Depois de uma alta registrada com o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro passado, a cotação do óleo negro se estabilizou com o encontro de alternativas ao petróleo russo e a aceleração de uma transição energética.

O anúncio do corte da produção, em pleno domingo (2), pegou os investidores de surpresa e o valor deve flutuar mais ao longo do dia, principalmente com a abertura das bolsas americanas, o que acontece no meio da manhã no Brasil. As companhias petrolíferas, como a Petrobras, devem ser as mais beneficiadas com o aumento da cotação. Enquanto empresas muito dependentes dos custos do petróleo, como as companhias de aviação, devem ser as mais prejudicadas.

Matéria- Band.com.br

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