Movimento invadiu 800 hectares de três engenhos no município de Timbaúba, em Pernambuco, na terça.
O ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) criticou as recentes invasões de propriedade feitas pelo Movimento Sem Terra (MST) e defendeu que o homem do campo tenha direito a ter até duas armas e munições para se defender.
A declaração ocorreu durante uma coletiva em Brasília, na terça-feira (4), e foi divulgada pelo site de O Globo.
Na terça-feira, 250 integrantes do MST ocuparam 800 hectares de três engenhos no município de Timbaúba, em Pernambuco. Segundo o MST, a ocupação se deu porque a terra em questão não estaria cumprindo sua "função social, que é produzir alimentos para a sociedade".
Para Fávaro, o agricultor tem direito a fazer uma “primeira defesa” antes da chegada da Polícia. “Ele está a cinquenta, cem quilômetros da cidade. Se ele ligar no 190, dá tempo de o bandido barbarizar, fazer o que quiser dentro da propriedade. Roubar, bater, espancar e não chegou a polícia ainda”, afirmou Fávaro.
“Então, se a criminalidade tiver a certeza de que lá no campo não tem nenhuma arma, a vulnerabilidade é certa e o risco do homem do campo é iminente. O homem do campo vai continuar tendo direito de ter uma arma, duas, Um pouco de munição. Mais do que isso é exagero”, acrescentou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez falas parecidas durante a campanha eleitoral de 2022. Diálogo com petistas
Ainda na coletiva, Fávaro afirmou que a gestão do presidente Lula tem as portas abertas para dialogar com o MST, mas que não aceita invasão de propriedade privada.
Segundo ele “O programa de apoio à reforma agrária, no governo do presidente Lula, tem as portas abertas. Não se faz necessário através de movimentos radicais, através de invasão de terra produtiva. Até porque tem lei que proíbe isso”, disse ele. “Terra invadida não é passível de reforma agrária. Tem lei. A Justiça manda fazer a reintegração, o Estado cumpre e acabou”, acrescentou.
Matéria Mídia News