O presidente da França, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen chegaram à China nesta quarta-feira, 5, na mais recente visita de líderes europeus a Pequim. Macron defendeu o papel do líder chinês Xi Jinping na busca por um acordo de paz que coloque fim à guerra na Ucrânia. Essa aproximação ocorre num momento em que a China ganha protagonismo diplomático no cenário mundial e o conflito chega a um impasse militar no front que prejudica a economia europeia.

"A China, justamente por sua relação estreita com a Rússia, reafirmada nos últimos dias, pode desempenhar um grande papel no conflito na Ucrânia", disse Macron em um discurso na embaixada francesa em Pequim, em referência à recente visita do presidente chinês, Xi Jinping, a Moscou. "A China afirmou seu compromisso com a Carta da ONU. A integridade territorial e a soberania das nações fazem parte desta. E acredito que defendê-las também é caminhar juntos e tentar encontrar um caminho para a paz", acrescentou o líder francês.

Macron está na China para uma visita de Estado de três dias, na qual espera convencer Pequim a assumir um compromisso contra a invasão russa da Ucrânia e aspira estreitar laços com o país asiático, um parceiro comercial chave.

Em seu discurso para a comunidade francesa, Macron também pediu à Europa que não se separe da China no plano econômico e disse que é necessário "um compromisso com vontade para manter uma relação comercial" com Pequim. No fim de março, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também esteve em Pequim e defendeu uma visão similar a de Macron.

Matéria GHZ Mundo

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