São Paulo – Braço direito do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o secretário da Casa Civil, Arthur Lima, virou uma espécie de tábua de salvação de políticos bolsonaristas que buscam conquistar mais espaço e influência no governo paulista.

O grupo se sente preterido pela falta de cargos no primeiro escalão da máquina estadual e tem recorrido a Arthur Lima para fazer a interlocução com o governador e tentar frear a ascendência do secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), que é o articulador político de Tarcísio.

Nos bastidores, Lima e Kassab duelam para ver quem tem mais prestígio com o governador. Publicamente, ambos negam haver qualquer desavença, mas internamente há relatos de atritos entre os dois – especialmente por parte de Lima, que foi levado do governo federal por Tarcísio para o Palácio dos Bandeirantes.

O secretário da Casa Civil se incomoda com o espaço concedido a aliados de Kassab no governo — ao todo, são cinco secretarias, que controlam R$ 84 bilhões do orçamento. Isso é um ponto em comum com o grupo bolsonarista que ajudou a eleger Tarcísio e se sente abandonado por não ter recebido cargos de relevância.

De formação militar, incluindo passagem pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), Arthur Lima é identificado com o bolsonarismo e integra o grupo apelidado como “Turma de Brasília”, formado por pessoas de confiança de Tarcísio e que já haviam trabalhado com ele anteriormente no governo federal.

Metrópoles


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