Ministro da Justiça e Segurança Pública, Dino vai ser questionado sobre atos do dia 8/1, visita ao Complexo da Maré e uso de armas de fogo
A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados recebe, nesta terça-feira (28/3), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para tratar das ações do governo federal após os atos de 8 de janeiro e da política de controle de armas.
Deputados cobram esclarecimentos
Além de falar sobre as medidas tomadas após os atos de 8 de janeiro, que provocaram a depredação dos prédios do Três Poderes, Dino será questionado acerca de uma viagem ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, neste mês. Parlamentares da oposição espalharam a informação falsa de que Dino teria realizado essa visita sem esquema de segurança, sugerindo que o ministro teria feito algum tipo de acordo com o crime organizado.
Flávio Dino entrou com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra cinco deputados e dois senadores, que teriam espalhado essas informações falsas. A decisão do ministro irritou os parlamentares de oposição.
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição, classificou a atitude de Dino como uma tentativa de intimidação e censura.
Mais cedo, nesta terça, Dino esteve presente em uma audiência no STF junto ao ministro Alexandre de Moraes, que vai analisar a notícia-crime enviada pelo ministro no contexto do inquérito das fake news.
Dino chegou na Câmara acompanhado do diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, do secretário executivo do MJSP Ricardo Cappelli, do secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, e do secretário de assuntos legislativos, Elias Vaz.
Questões armamentistas
Por fim, Flávio Dino também deve ser questionado sobre as mudanças que vem fazendo e planejando nas normas para uso de armas de fogo por civis. Uma das principais frentes da gestão do ministro é desfazer a facilitação de compra e venda de armas de fogo, pilar do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os parlamentares da Bancada da Bala têm articulado para flexibilizar decretos de Dino e atender minimamente o mercado armamentista.
Dino deve voltar para dar esclarecimentos na Câmara em 11 de abril, dessa vez atendendo um convite da Comissão de Segurança Pública, presidida pelo bolsonarista deputado Sanderson (PL-RS).
Metrópoles