Professores reivindicam reestruturação da carreira, com incorporação de gratificação ao salário. Reunião para negociação terminou sem acordo
O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) confirmou o início de greve a partir desta quinta-feira (4/5). A categoria e representantes do Executivo local se reuniram na noite dessa terça-feira (2/5), para nova rodada de negociações, mas não chegaram a acordo.
“Não tivemos a apresentação de uma proposta efetiva. A sensação que temos é de que, a cada reunião, estamos mais no [nível] zero, mas tivemos o compromisso do secretário de Economia quanto à manutenção de uma mesa permanente de negociação, com pontos sobre a restruturação da carreira. O compromisso foi este: que o governo não suspenda as negociações, pois ela vai resolver esse impasse”, afirmou ao Metrópoles a diretora do Sinpro-DF Luciana Custódio.
A categoria cobra melhores salários e reestruturação da carreira de magistério público, com incorporação de gratificação. “A greve começa amanhã [quinta-feira], e nossa estratégia é de que o movimento caminhe em uma crescente”, completou a representante.
Os professores ameaçavam entrar em greve desde a semana passada. Havia uma reunião da categoria com o Governo do Distrito Federal (GDF) agendada para esta quarta-feira (3/5). No entanto, o encontro foi antecipado para a noite passada.
O reajuste de 18% anunciado pelo Executivo local para os servidores públicos foi considerado insuficiente pelos professores, que recebem abaixo do piso nacional, segundo o sindicato do DF. A categoria cobra a incorporação de gratificação como alternativa para fortalecer os vencimentos dos profissionais.
A Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (Seplad) havia informado que avaliava o impacto financeiro decorrente do atendimento às reivindicações. Após a confirmação da greve, a reportagem aguarda posicionamento do GDF.
Metrópoles