Aumento salarial para os policiais era uma promessa de campanha do governador Tarcísio de Freitas; projeto foi entregue à Alesp nesta terça

São Paulo — O governador Tarcísio de Freitas (Republianos) entregou nesta terça-feira (2/5), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), um projeto de lei propondo aumento médio de 20% no salário dos policiais civis e militares do estado.

Ao entregar o texto do projeto nas mãos do presidente da Alesp, André do Prado (PL), seu aliado político, Tarcísio disse que todas as categorias do funcionalismo paulista terão reajuste salarial acima da inflação ainda neste ano.

“A ideia é que a gente tenha todos aumentos superiores, em alguma medida, à inflação. Estamos estudando a questão das polícias penais, das carreiras de saúde, das fundações, enfim, toda a administração direta e indireta”, afirmou Tarcísio.

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que é capitão da Polícia Militar, afirmou que o reajuste deve entrar em vigor a partir de julho deste ano, após aprovação na Alesp, e impactar os cofres do estado em R$ 2,5 bilhões. Segundo ele, novos aumentos serão dados à categoria até o fim do mandato, em 2026. “É o primeiro reajuste, não é o único”, disse.

Policiais penais, atual nome da categoria conhecida até 2019 como agentes penitenciários, ficaram de fora do projeto. Um grupo desses servidores fez um protesto na Alesp para reclamar da exclusão.

A oposição ao governo, que não tem votos para impedir a aprovação do projeto do governador, criticou o fato de o aumento ser restrito a policiais. “Vou propor uma emenda para incluir profissionais da educação, da saúde e de outras categorias”, disse o deputado estadual Carlos Giannazi (PSol).

A oposição afirma que há uma série de categorias no funcionamento paulista cuja data-base é em março. Os reajustes para as outras categorias, porém, seriam efetivados apenas em julho. Giannazi afirmou que pretende enviar a questão para análise da Justiça.

Aumento para os policiais

No caso das polícias, os percentuais de reajuste variam de 30%, para as carreiras iniciais, a 15%, para servidores em fim de carreira ou cargos de chefia. Tarcísio disse que o objetivo de aumentar mais o salário pago para quem está em ingresso de carreira é “reter talentos”.

O aumento de salário para as polícias era uma promessa de campanha do governador. As carreiras da Polícia Técnico-Científica e do Corpo de Bombeiros estão incluídas no benefício.

Na ocasião, o governador entregou também o texto que estipula o reajuste do salário mínimo do estado em R$ 1.550. O governador afirmou que o valor foi estipulado após o governo avaliar que a elevação salarial não comprometeria os níveis de emprego.

Metrópoles


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