O ex-ministro da Justiça responde como ‘declarante’ sobre as ações da PRF no segundo turno das eleições do ano passado
A Polícia Federal (PF) marcou o novo depoimento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres para a próxima segunda-feira (8), às 14h30, prazo limite imposto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A oitiva anterior foi cancelada a pedido da defesa, que apresentou laudo psiquiátrico de Torres com informações de que ele não teria condições de comparecer.
São apuradas pela PF blitze feitas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em estados e cidades onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha mais vantagem pelas pesquisas eleitorais e votos do primeiro turno. Na época, Torres era ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) e comandava hierarquicamente a PRF.
Torres dará o depoimento na condição de declarante, ou seja, ele não é investigado formalmente no caso. Será assegurado a ele o “direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo”, segundo Moraes.
Moraes mandou oficiar a direção do batalhão da Polícia Militar onde Torres está preso para que providencie “as condições necessárias para a realização de sua oitiva, inclusive mediante escolta policial para o deslocamento”.
Segundo apurou a CNN, Anderson Torres não ficará calado e responderá a todas às perguntas feitas pelos investigadores.
Torres está preso desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos de 8 de janeiro. A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. O magistrado é relator na Corte das investigações sobre os ataques.
CNN