O presidente ainda acusou sem provas que houve um suposto esquema de corrupção na venda da estatal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom e atacou novamente a privatização da Eletrobras e das condições de venda da empresa — aprovadas pelo Congresso Nacional —, que segundo o petista prejudicaram o próprio governo federal.

Lula discursou na quinta-feira 11, no evento em que assinou a regulamentação da Lei de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Paulo Gustavo — em homenagem ao ator que morreu em 2021. O evento foi realizado no Teatro Castro Alves, em Salvador, Bahia.

“Entramos na Justiça por orientação do Rui Costa para readquirir o direito de termos importância política na administração da Eletrobras”, afirmou o chefe do Executivo. “Na privatização foi feito uma bandidagem, um crime de lesa pátria”, concluiu Lula.

O presidente ainda acusou sem provas que houve um suposto esquema de corrupção na venda da estatal para a iniciativa privada e afirmou que o negócio prejudica o próprio governo.

“Se o governo brasileiro tentar comprar de volta a Eletrobras, tem que pagar três vezes o valor que o privado ofereceu”, declarou. “O próprio governo fez lei prejudicando o governo. Vamos apurar, vamos abrir processo, vamos tentar provar a corrupção para que o povo saiba quem praticou corrupção neste país”, disse o petista.

Lula entra com processo na Advocacia-Geral da União

Advocacia Geral da União (AGU) entrou, em 5 de maio, com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar o limite máximo de 10% no direito de voto da União na Eletrobras.

O documento assinado por Lula pede que a Suprema Corte anule o trecho da lei em questão para que a União volte a ter “controle” sobre a empresa, já que é a maior acionista com 43% das ações.

O governo quer que o trecho só seja aplicável ao direito de voto referente às ações adquiridas depois da privatização.

Revista Oeste


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