Documentos vazados mostram que Yevgeny Prigojin, do grupo Wagner, sugeriu entregar localização de tropas de Putin a Kiev

O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigojin, ofereceu à Ucrânia informações privilegiadas sobre a posição de tropas russas em território ucraniano. Em troca, o país deveria se comprometer a retirar seus combatentes da cidade de Bakhmut, no leste ucraniano, que há meses é um dos principais epicentros da guerra. 

A oferta veio em meio a um volume elevado de mortes na cidade. Na época, o líder do grupo chegou a definir Bakhmut como um “moedor de carne”. Segundo fontes do governo ucraniano ouvidas pelo jornal norte-americana The Washington Post, o acordo de Prigojin teria sido feito mais de 1 vez. As autoridades ucranianas, no entanto, o receberam com desconfiança.

As supostas negociações foram reveladas no último domingo (14.mai.2023), pelo Post e mostraram que a proposta teria sido feita em janeiro deste ano.  O grupo Wagner é uma organização paramilitar russa fundada em 2014. As forças do grupo passaram a ser usadas em batalhas críticas, principalmente em Bakhmut. Seu líder, Yevgeny Prigojin, é aliado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e desde o início do conflito, em 2022, tem chamado atenção por seu protagonismo e importância estratégica nos fronts de batalha.

PREOCUPAÇÃO DOS EUA Outros documentos vazados mostram que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, planejava ataques à Rússia, como a ocupação de vilarejos no país vizinho e o bombardeio de um oleoduto que envia petróleo russo à Hungria. 

O fato despertou a preocupação dos Estados Unidos, uma vez que ataques deste tipo poderiam configurar “cobeligerância” por parte da Ucrânia, agravando a situação da guerra. O país recebe apoio militar do Ocidente para reagir aos ataques russos. 

Segundo o Post, as novas informações sobre a intenção de ataque ucraniano à Rússia mostrariam que Zelensky seria “um líder com instintos agressivos que contrasta veementemente com sua imagem pública de estadista calmo e estóico”. No último domingo, o presidente ucraniano confirmou a jornalistas, durante viagem à Alemanha, que deseja organizar um contra-ataque nos territórios ucranianos conquistados pela Rússia durante o conflito entre os 2 países. 

Na mesma fala, contudo, se comprometeu a não atacar territórios originalmente russos, apenas a parcela ocupada na Ucrânia. “Não atacamos o território russo, libertamos nosso próprio território legítimo”, declarou. 

Poder 360



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