Redução foi comunicada por Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Jean Paul Prates após mudança na política de preços da estatal.

A mudança na estratégia de preços da Petrobras para os combustíveis, anunciada nesta 3ª feira (16.mai.2023), vai reduzir o valor médio da gasolina em R$ 0,40 e o diesel A em R$ 0,44 por litro. O “gás de cozinha” terá corte de R$ 8,97 por botijão de 13 kg. Os preços serão praticados na venda às distribuidoras a partir de 4ª feira (17.mai). O anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) e pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, em fala a jornalistas nesta 3ª feira (16.mai).

Eis as mudanças: gasolina A: menos R$ 0,40 por litro (12,6%); diesel A: menos R$ 0,44 por litro (12,8%); GLP (gás liquefeito de petróleo): menos R$ 8,97 o botijão de 13 kg (21,3%). A gasolina deve chegar a R$ 5,20 por litro ao consumidor final, o diesel a R$ 5,18 por litro e o GLP a R$ 99,87 por 13 kg. Esses valores consideram o repasse integral da redução nas refinarias da Petrobras, além da adição de 27% de etanol à gasolina e 12% de biodiesel ao diesel –a mistura com os biocombustíveis é feita pelas distribuidoras.

Prates disse que a Petrobras não vai se afastar da referência internacional. “Quando o mercado lá fora estiver aquecido, com preços mais altos, isso será refletido no Brasil”, afirmou. Com a alteração, o valor dos combustíveis passa a considerar o preço praticado pelos concorrentes e o “valor marginal” da estatal. Segundo a Petrobras informou em comunicado nesta 3ª feira (16.mai), o valor marginal é “baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.Os reajustes não terão periodicidade definida. Eis a íntegra do comunicado (86 KB).

O custo alternativo do cliente será priorizado na precificação dos combustíveis. Vai considerar o custo de aquisição do mesmo produto ou similares de fornecedores alternativos à Petrobras. Segundo a estatal, a estratégia comercial está alinhada à diretriz de preços no mercado interno, aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras em 27 de julho de 2022 –na gestão de Caio Mario Paes de Andrade, último presidente da companhia sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A decisão é uma vitória para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e marcará uma mudança significativa na gestão da estatal que, desde 2016, praticava o sistema de PPI  (Preço de Paridade Internacional), amplamente criticado pelo governo.  O sistema de correção de preços anterior considerava as variações da taxa de câmbio e o valor do barril de petróleo no mercado internacional. Também era levado em conta na fórmula custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias. Depois dessa medida, a estatal passou a ter lucros sucessivos e distribuiu dividendos de maneira recorde.

Poder 360




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