Ministro volta a criticar sistema “ano calendário”; para ele, é melhor que a meta seja um alvo a ser perseguido em período mais longo .

“Brasil e Turquia são os únicos dois países que adotam regime de meta com uma especificidade que, na minha opinião, não faz o menor sentido, que é o tal ano-calendário”, disse o ministro em entrevista exibida pela CNN na 5ª feira (18.mai.2023).

“O que todo mundo que adotou a meta de inflação fez? Você analisa a economia do país, crava um objetivo e não fixa o ano-calendário. Alguns chamam de meta contínua, ou seja, se é 3 [%], persegue 3 [%]“, declarou. “Eu penso que há esse aperfeiçoamento para ser feito. E acho que, talvez, a oportunidade seja agora”, completou o ministro.

A meta de inflação é definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), composto por 2 integrantes do governo e 1 do Banco Central. A meta para este ano é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O piso é 1,75% e o teto é 4,75%.

Para o ministro, a discussão sobre a atual taxa básica de juros –em 13,75% ao ano– não é de se, mas de quando deve ser reduzida. “Não é uma briga do que fazer, é de quando. E, aí, é claro que a autoridade monetária olha para muitas variáveis e calibra de acordo com o que acha correto. Mas, dentro da técnica, é possível discutir”, afirmou.

Sobre a relação com o Banco Central, Haddad disse que a instituição era “independente” antes mesmo da aprovação da lei que garantiu sua autonomia, aprovada pelo Congresso Nacional em 2021.

Poder 360

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