Presidente disse que não haverá política de ministério, mas de governo, e pediu plano de ação de cada um até 2026.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta 5ª feira (15.jun.2023) que os seus 37 ministros submetam previamente à Casa Civil as ações que pretendem implementar em cada ministério até o fim do governo, em 2026. Disse que a fase de ter ideias acabou e que é hora de implementar o que foi prometido. O chefe do Executivo afirmou também que as políticas precisam ser de governo, e não de cada ministério.

“Nesse governo não haverá política de ministro. Esse é um governo. As políticas todas serão de governo. Por isso, ministro não pode apresentar proposta sem discutir com a Casa Civil, sem transformar em política de governo. É assim que tem que ser, é assim que funciona um governo sério. Não é a política de cada ministro, é a política do governo do qual fazemos parte”, disse Lula em discurso no início da reunião.

Esta é a 3ª reunião ministerial do 3º mandato do petista. O 1º encontro foi em 6 de janeiro, logo depois da posse. Já o 2º foi em 10 de abril, para o balanço dos 100 dias de governo. A reunião de hoje será marcada pelo impasse envolvendo a saída da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, do cargo. Integrantes do União Brasil, partido pelo qual foi indicada para o cargo, esperam que sua demissão seja oficializada ainda nesta 5ª feira.

De acordo com o próprio presidente, a reunião deve durar mais de 6 horas. Cada ministro terá até 10 minutos para falar, além dos líderes do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). Apenas a fala inicial de Lula foi transmitida. O restante do encontro será fechado à imprensa.

Ainda em seu discurso, Lula disse esperar sair da reunião com o conjunto de propostas que o governo terá que desenvolver e implementar nos próximos anos.

“Até agora estivemos tratando da organização do nosso ministério. Estávamos tratando da briga de orçamento, recuperando parte de todas as políticas públicas que tinham sido desmontadas. Essa parte está cumprida. […] Sabem que daqui para a frente, a gente vai ser proibido de ter novas ideias, vamos ter que cumprir aquilo que a gente já teve capacidade de propor até agora. […] Espero que possamos sair daqui a certeza que o governo já tem no papel e na cabeça tudo o que vai fazer até 31 de dezembro de 2026”, disse.

O presidente prometeu também, prestar contas à mídia “a cada 2 ou 3 meses” das ações do governo. “Nada será escondido, nenhuma dificuldade será escondida, nenhum problema será escondido e tudo o que a gente fizer, a gente quer tornar público”, disse.

Neste sentido, Lula cobrou também uma divulgação mais profissional das políticas do governo e elogiou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta.

“Podemos fazer divulgação das coisas que a gente faz com muito mais profissionalismo se a gente tiver um mínimo de educação, de fazer as coisas coletivamente. É para isso que colocamos o deputado Paulo Pimenta, figura simpática, alegre, sorridente, gaúcha dos pampas, de Santa Maria (RS), para coordenar nossa comunicação”, disse.

Todos os 37 ministérios de Lula estarão ao menos representados no Palácio do Planalto para a reunião. Isso porque o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, está em Genebra, na Suíça. O secretário-executivo do ministério, nesse caso, está como ministro interino e comparecerá ao evento. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também não participa. Ela está em São Paulo para a realização de exames médicos. O secretário-executivo do ministério, João Paulo Capobianco a representa no encontro.

Poder 360

Deixe seu Comentário