Líder do Governo no Congresso diz que lei de autonomia prevê demissão de presidente do BC em caso de descumprimento de metas.
O líder do Governo no Congresso Nacional, senador Radolfe Rodrigues (sem partido-AP), subiu o tom na 5ª feira (15.jun.2023) contra o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto. Em publicações feitas em seu perfil no Twitter, Randolfe sugeriu que o Senado precisava “agir” para “remover o entulho da taxa básica de juros estratosférica” praticada por Campos Neto. E destacou que a lei que deu autonomia ao BC prevê que o presidente da autoridade monetária “poderá ser exonerado quando apresentar comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos da instituição”.
Conforme o senador, a Selic atual, de 13,75%, estaria na contramão dos resultados econômicos apresentados pelo governo no 1º semestre, como o crescimento de 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto) no 1º trimestre, a queda na inflação e a redução no preço do dólar. “Não dá para acelerar a economia com o freio de mão puxado por essa taxa de juros exorbitante! Quem está sendo prejudicado é o povo”, criticou.
Os comentários se somam a outras alfinetadas de integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às práticas adotadas pelo BC. Na 4ª feira (14.jun), logo depois de a agência de risco S&P (Standard & Poor’s) melhorar sua perspectiva para a economia brasileira, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse que, agora, faltava o “Banco Central se somar a esse esforço” reduzindo a taxa básica de juros.
Poder 360