Além de reunir-se com o sociólogo italiano Domenico De Masi, presidente visitará o papa Francisco e o presidente da Itália, Sérgio Mattarella; depois, estica até a França e em 6 meses de governo terá passado 28 dias no exterior.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou às 8h55 (13h55 no horário local) desta 3ª feira (20.jun.2023) em Roma. É a 3ª vez que o chefe do Executivo brasileiro visita a Europa neste semestre. Ele se reunirá com o presidente italiano, Sergio Mattarella, com o prefeito da capital italiana, Roberto Gualtieri, ambos em Roma, com o papa Francisco, no Vaticano, e com o presidente da França, Emmanuel Macron, em Paris.

Ao fim da viagem, Lula terá passado 28 dias no exterior nos seus 6 primeiros meses de governo. Ele terá visitado 11 países no período. Desde a campanha eleitoral, o petista pregava o retorno do Brasil ao cenário internacional, mas tem enfrentado dificuldades políticas internas neste período, especialmente na articulação com o Congresso. 

 Nesta 3ª feira, Lula se encontrará com o sociólogo italiano Domenico De Masi, criador do conceito do ócio criativo. Segundo o intelectual, o ócio pode ser um fator positivo ao estimular a criatividade pessoal. Na 4ª feira (21.jun.2023), Lula terá encontros com Mattarella, Gualtieri e o papa. O arcebispo Edgar Peña Parra, atual substituto da Secretaria de Estado do Vaticano também participa da reunião com o pontífice.

De acordo com o Itamaraty, Lula e o seu homólogo italiano discutirão a cooperação na área de Defesa, especialmente na transferência de tecnologia, e o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Será oferecido também um almoço ao petista e à primeira-dama Janja Lula da Silva.

O encontro com Gualtieri terá caráter pessoal, segundo o Ministério de Relações Exteriores. O prefeito de Roma visitou Lula na prisão em Curitiba (PR) e disse, na época, que o petista estava determinado a provar sua inocência. Com o papa Francisco, Lula quer discutir soluções para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e políticas de redução das desigualdades sociais e de combate à fome. Com Peña Parra, o presidente discutirá a atuação da Igreja Católica no Brasil e como a instituição pode apoiar as políticas públicas do governo brasileiro. Quer discutir também temas relacionados a Venezuela, Nicarágua, Cuba e Ucrânia.

Segundo a secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, embaixadora Maria Luisa Escorel, um encontro de Lula com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, chegou a ser considerado, mas foi descartado por questões de agenda. Ela lidera o 1º governo de ultradireita do país desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Assumiu o cargo em outubro de 2022, depois de sua coligação sair vencedora nas eleições parlamentares.

Lula deve embarcar na 5ª feira (22.jun.2023) para Paris (França), onde participará da cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global. Ele deve discursar no encerramento do evento.

O presidente deverá ter ainda um almoço de trabalho com Macron, onde os 2 líderes devem discutir os pontos de divergência nas negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, especialmente nas questões ligadas ao meio ambiente e às compras governamentais. Devem tratar também, segundo o Itamaraty, da cúpula da Amazônia, que será realizada em Belém (PA), e para a qual Macron foi convidado, e a reunião de líderes da União Europeia e da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

Ainda em Paris, Lula deve discursar no festival de música Power Our Planet, que tem como mote a discussão e a atração de recursos para o combate à crise climática e aos problemas sociais. O presidente foi convidado diretamente pelo vocalista da banda Coldplay, Chris Martin, quando esteve em turnê no Brasil.

Poder 360

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