Número deixa Cristiano Zanin entre os três ministros com menor diferença de placar no Senado

Nesta quarta-feira, 21, o advogado Cristiano Zanin teve a sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) aprovada pelo Senado. No plenário, a votação foi de 58 votos favoráveis e 18 contrários. O número o deixou entre os três com menor diferença de placar entre os atuais integrantes da Corte. Apenas André Mendonça e Edson Fachin tiveram uma votação menor.

Zanin poderá permanecer como ministro do STF pelos próximos 27 anos. Isso porque em 2050 ele completará 75 anos — idade em que os magistrados são aposentados de forma compulsória.

Caso Zanin permaneça na função até o 75 anos — idade em que os ministros são aposentados compulsoriamente —, o novo membro do STF ficará no cargo por 27 anos, ou seja, até 2050. Antes de chegar à Suprema Corte do Brasil, ele foi advogado pessoal do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele chegou a representar o petista em casos da Lava Jato, operação da qual ele mesmo chegou a ser alvo.

Entre as polêmicas que envolvem o advogado está a acusação sobre não ter títulos acadêmicos. Por isso, há críticas de que ele não tenha notável saber jurídico, além de nunca ter escrito livros que contribuíssem com a sociedade civil. Ele é autor somente da obra Lawfare, que aborda a judicialização da política como instrumento de perseguição.

O nome do advogado para o STF foi confirmado por Lula em 1° de junho. “Todos esperavam que indicássemos o Zanin”, disse o petista. “Não só pelo papel que teve na minha defesa, mas simplesmente porque acho que Zanin se transformará num grande ministro da Suprema Corte.”

Mesmo depois de aprovado pelo Senado, segundo interlocutores, não haverá tempo hábil para organizar a posse de Zanin como ministro do STF antes do início das atividades do Judiciário brasileiro em julho. São apenas nove dias até 1º de julho, data da primeira sessão do mês.

Revista Oeste


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