Mohammed bin Salman é acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018

No seu último dia na Europa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará de um jantar nesta 6ª feira (23.jun.2023), em Paris, oferecido pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud. Mohammed bin Salman é acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018. Dados da Organização Saudita Europeia para os Direitos Humanos indicam que a Arábia Saudita teve 129 pessoas executadas por ano, de 2015 a 2022, uma alta de 82% em comparação com o período de 2010 a 2014.

O ditador Mohamed bin Salman deu joias no valor de R$ 5 milhões ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As pedras preciosas seriam um presente da Arábia Saudita, liderada por Salman, à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os itens não foram declarados e acabaram retidos na alfândega.

As joias foram trazidas em 2021 na mochila de um assessor do então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia). O governo tentou liberar as peças ao menos 4 vezes. A última tentativa foi em 28 de dezembro, 2 dias antes do ex-presidente deixar o Brasil. A defesa diz que Bolsonaro agiu dentro da lei. A PF (Polícia Federal) investiga o caso.

VIAGEM DE LULA  Lula começou seu último dia de viagem pela Europa participando de uma cúpula organizada pelo governo francês para discutir um novo pacto financeiro global. No evento, voltou a criticar uma carta adicional que a UE (União Europeia) enviou ao Mercosul sobre o acordo entre os blocos.

“Eu estou doido para fazer um acordo com a União Europeia. Mas não é possível, porque a carta adicional que foi feita pela União Europeia não permite que se faça um acordo. Nós vamos mandar a resposta, mas é preciso que a gente comece a discutir. Não é possível que nós temos uma parceria estratégica e haja uma carta adicional fazendo ameaça a um parceiro estratégico”, falou Lula nesta 6ª feira (23.jun).

Antes da França, Lula esteve em Roma e no Vaticano. Desde que assumiu o Planalto em janeiro, o petista passou ao menos 24 dias fora do Brasil. Já foi para 9 países em seu novo mandato. Sua viagem internacional antes do atual giro pela Europa foi para a cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão.

Poder 360

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