Presidente diz não ser refém do aparelho e que pede para visitantes do Planalto deixarem dispositivo na portaria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 3ª feira (4.jul.2023) não ser “refém” do aparelho celular e que, sempre que há uma reunião em seu gabinete no Palácio do Planalto, pede para o visitante deixar o dispositivo na portaria.  Lula disse que se “autoeducou” para não ficar dependente do celular e, durante o dia, só acessa a internet quando está em horário de trabalho. “No meu gabinete da Presidência, ninguém entra com telefone celular. O cara marca uma coisa com o presidente e, daqui a pouco, está lá, o presidente sentado, e o cara no celular, conversando com alguém que ele não marcou audiência”, afirmou Lula.

Ele disse não “perder o sono” por ligações fora do horário convencional e criticou o uso abusivo do celular. Para o presidente, é preciso “humanizar as relações humanas” e filtrar os conteúdos consumidos na internet em meio a tanto assunto compartilhado. 

“Se não tiver algo muito grave, não precisa me ligar. ‘Ah, Lula, vai sair uma matéria em tal jornal atacando você’. Que saia. Não vou perder meu sono por causa de uma matéria”, disse o presidente. “Não vou pegar o telefone e ligar para a empresa. Que publique, eu leio no dia seguinte.”

Lula defendeu ser preciso estabelecer relações menos digitalizadas e mais humanas. Ele brincou com a situação atual: “Antigamente, as pessoas ainda coçavam a virilha. Hoje em dia, nem isso coça mais, porque fica com dois ou três celulares na mão.”.

“Eu sinceramente acho que isso é doença ou prepotência de achar que é muito importante. Nem todo mundo é tão importante assim. Sou daqueles que acham que a relação humana é coisa de pele, química e abraçar”, completou. Lula falou sobre o assunto em sua live semanal “Conversa com o Presidente”, programa semanal no qual é entrevistado pelo jornalista Marcos Uchôa. Foi a 4ª exibição realizada.

Poder 360

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