Votação de requerimentos foi simbólica; reunião do colegiado foi a última antes do recesso informal dos deputados.

A CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na Câmara dos Deputados aprovou, de forma simbólica, nesta 4ª feira (12.jul.2023) um bloco de 21 requerimentos, entre pedidos de informação, convocações e convites. Os deputados aprovaram convites para ouvir o comandante da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo José Reis de Azevedo Coutinho, e o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner. Também foi aprovado pedido de informação para a empresa Suzano, que teve propriedade invadidas em ações do MST na Bahia.

Articulada por deputados da oposição ao governo, a CPI foi instalada em abril. As invasões de terras registradas em áreas do sul da Bahia e de Goiás motivaram a criação do colegiado. A CPI também aprovou a convocação de João Henrique Wetter Bernardes, auditor fiscal da CEle será ouvido como testemunha e deverá dar esclarecimentos sobre “indícios de irregularidades levantadas pelo Tribunal de Contas da União” sobre a reforma agrária. A reunião desta 4ª feira foi a última do colegiado antes do recesso informal dos deputados. A CPI retomará os trabalhos em 1º de agosto, às 10h. A comissão tem os deputados Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e Kim Kataguiri (União Brasil-SP) como presidente e vice-presidente, respectivamente.

As sessões da CPI têm sido marcadas por divergências entre governistas e oposição. No encontro desta manhã, deputados tiveram embates por causa de interrupções no tempo de fala de cada congressista inscrito. Na 3ª feira (11.jul), a CPI aprovou a convocação de Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência).

O requerimento foi apresentado pelo relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP), que quer ouvir esclarecimentos sobre ações da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) quanto ao monitoramento de ocupações de terras pelo MST durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por acordo, foram retirados de pauta os pedidos de convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Ele, no entanto, voltou a ser alvo de críticas de deputados da oposição nesta 4ª feira.

Poder 360

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