Presidente disse que se o programa Desenrola der certo, será “revolução extraordinária” no país
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 3ª feira (18.jul.2023) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deveria ganhar o “Prêmio Nobel de desenrolação” caso o programa Desenrola Brasil dê resultados positivos. Segundo o chefe do Executivo, cerca de 72% das pessoas que estão endividadas poderão quitar seus débitos.
“O que está acontecendo é uma revolução extraordinária. Já disse para o Haddad que, se isso der certo, ele vai ter que ganhar o Prêmio Nobel da ‘desenrolação’. […] Acho que vai ser uma coisa excepcional. Se der certo isso, vamos salvar no mínimo 72% da população que está endividada e isso vai permitir que essa gente possa voltar ao mercado do consumo”, disse Lula.
O presidente falou sobre o assunto em sua live “Conversa com o Presidente”, programa semanal no qual é entrevistado pelo jornalista Marcos Uchôa, contratado pela TV Brasil. Ele gravou a edição desta 3ª feira em Bruxelas, na Bélgica, onde está para participar da 3ª Cúpula dos países da Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos) e da União Europeia. Foi a 6ª transmissão realizada.
O governo federal anunciou na 2ª feira (17.jul.2023) R$ 50 bilhões como incentivo às instituições bancárias para adesão ao programa Desenrola Brasil, lançado no mesmo dia. O montante é para a Faixa 2, de pessoas que ganham até R$ 20.000 e tenham dívidas em bancos. Segundo Haddad, o valor será disponibilizado como crédito presumido –ou seja, em forma de compensação tributária sobre os valores negociados entre os devedores e credores.
Para Lula, o programa permitirá que mais pessoas voltem a consumir, o que ajudará a aquecer a economia no 2º semestre. “É muito importante que as pessoas estejam libertas das suas pequenas dívidas, para fazer outras dívidas de forma muito responsável. Ninguém pode gastar o que não tem. Ao fazer dívida, tem que saber se ela cabe dentro do seu orçamento. Se couber, você faça”, explicou o presidente.
Lula disse ainda que quem gosta de dever é rico, e que pobre “gosta de pagar o que deve”. “Pobre não gosta de dever, gosta de pagar o que deve. Todo mundo quer andar de cara limpa, de cabeça erguida. Só quem gosta de dever muito é rico. Tem o ditado que diz que rico tem duas alegrias: uma quando toma o dinheiro emprestado e outra quando não paga. Pobre tem duas tristezas: não pode tomar dinheiro emprestado, quando toma, não pode pagar”, disse.
Poder 360