Para ministro da Justiça, “não há procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legítima investigação”

O ministro da Justiça, Flávio Dino, defendeu nesta 4ª feira (19.jul.2023) a operação da PF (Polícia Federal) de busca e apreensão contra suspeitos de hostilizar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes no Aeroporto Internacional de Roma. Os alvos foram o casal Roberto Mantovani Filho e Andréa Mantovani e o genro deles, Alex Zanatta.  Segundo Dino, a medida da PF se justifica pelos “indícios” de crimes. “Tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados. Sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar

Para Dino, a operação da PF não se tratou de fishing expedition (uma diligência autorizada sem um fato que a justifique), porque “não há procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legítima investigação”. 

Na 3ª feira (18.jul), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a pessoas envolvidas no episódio de suposta agressão à família de Moraes. Em nota, a defesa confirmou que houve uma “discussão inicial” entre Andreia Mantovani (uma das suspeitas) e um jovem. Entretanto, os suspeitos afirmaram que só ficaram sabendo que o homem era filho de Moraes quando chegaram ao Brasil e que o conflito se deu sem que o ministro do Supremo estivesse presente, “por razões outras, desvinculadas do seu cargo e, também, sem qualquer conotação política”. Eis a íntegra (344 KB).

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repudiou o caso em conversa com jornalistas em Bruxelas. “Um cidadão desse é um animal selvagem, não é ser humano. Cidadão pode não concordar, mas não pode ser agressivo, não pode xingar. É possível voltar a ter civilização”, afirmou o petista. 

Poder 360

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