A agressão ao ministro Alexandre de Moraes e à família dele aconteceu na Itália, onde o ministro deu uma palestra.

O evento foi promovido por uma faculdade de Goiânia condenada agora em maio na Justiça por financiar a divulgação de fake news que defendia os medicamentos do kit covid, tipo ivermectina e cloroquina.

 No mesmo processo foi condenada a indústria farmacêutica do mesmo grupo, que ganhou meio bilhão de reais vendendo ivermectina. 

A palestra aconteceu na Universidade de Siena. Só que o evento não é promovido pela universidade italiana, mas por uma faculdade de Goiânia, a Unialfa, que tem dois cursos de Direito. 

Alexandre de Moraes integrava uma lista de 31 palestrantes convidados. Vinte eram do Brasil, sendo 11 da própria Unialfa. A Unialfa é parte do grupo goiano José Alves, que entre outras atividades tem uma indústria farmacêutica, a Vitamedic.

Na pandemia, o carro-chefe da Vitamedic foi a ivermectina, que o ex-presidente Jair Bolsonaro promovia junto com a cloroquina para o tratamento da covid. No ano anterior à pandemia, a Vitamedic vendeu R$ 15 milhoes em ivermectina. Na pandemia vendeu quase 30 vezes mais, perto de R$ 500 milhões.

Pouco mais de 15 dias antes da palestra do ministro, a Vitamedic e a Unialfa foram condenadas por danos morais coletivos à saúde pela Justiça Federal no Rio Grande do Sul juntamente com um grupo de médicos que se intitulava "Médicos pela Vida".

Motivo: os médicos publicaram um manifesto em favor do kit covid. A Vitamedic e a Unialfa estavam por trás da publicação, que custou R$ 700 mil. Tomaram uma multa de R$ 55 milhões.

O diretor da Vitamedic foi chamado a depor na CPI da Pandemia. Os senadores pediram a quebra do sigilo telefônico e fiscal do presidente do grupo, evitada por um mandado de segurança impetrado no Supremo.

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