Além de Saulo Moura da Cunha, a comissão também deve ouvir em agosto o ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que permaneceu preso por 4 meses sob alegação de omissão. O depoimento de G. Dias também é um dos mais aguardados na CPI, em especial por integrantes da oposição, que defendem a tese de que o general foi conivente com a ação dos extremistas. Ele foi o 1º ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a deixar o cargo, em 19 abril, depois da divulgação das imagens internas do Planalto.
O militar já prestou depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal) em 22 de junho. Na oitiva, afirmou que a Abin teria adulterado documentos relacionados ao 8 de Janeiro enviados ao Senado. Ele negou ter participado de reuniões da inteligência para discutir ações de segurança. G. Dias declarou que a única pessoa da Abin que teve contato foi o então diretor-adjunto nomeado em janeiro, Saulo Moura da Cunha. A agência de inteligência enviou à CPI 11 relatórios sigilosos que têm relação com os atos de 8 de Janeiro.
Poder 360