Frutuozo foi isolado pelos policiais quando tentava passar pela fila de imigração
Foi preso no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (26), o influenciador Allan Frutuozo da Silva, um dos suspeitos de atacar a sede da Polícia Federal em Brasília. Ele é investigado por participar, divulgar e incentivar o ataque ao principal prédio da PF no dia 12 de dezembro. O episódio antecedeu os ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro em Brasília.
Frutuozo foi preso quando tentava embarcar em um voo para a Argentina. Ele foi isolado pelos policiais quando tentava passar pela fila de imigração. Havia um mandado de prisão preventiva expedido contra ele desde dezembro do ano passado, pela Justiça Federal do Distrito Federal.
Logo depois de ser detido, no começo da tarde, Frutuozo foi levado para uma sala da polícia e começou uma transmissão no YouTube e no Twitter para avisar que estava sendo preso. “Parece que realmente vão me recolher. Não percam a esperança no Brasil”, postou ele no Twitter.
De acordo com a decisão judicial, Frutuozo é suspeito de associação criminosa e coação no curso do processo. Em vídeos da invasão da PF, ele aparece estimulando outras pessoas, com gritos de “é guerra” e também fala em “guerra contra comunistas”, de acordo com relatório policial.
“Há nos autos indícios de que Allan não apenas divulgou os atos delituosos, como também conhecia e colaborava com os propósitos do grupo, inclusive no que se refere ao emprego de meios violentos”, diz a decisão que decretou sua prisão.
Depois de preso, Frutuozo foi levado pelos policiais para a penitenciária de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
“A defesa técnica de Allan Frutuoso informa que ainda não teve acesso aos autos principais, tão somente soube da decisão do plantão judiciário, que decretou a prisão preventiva do nosso cliente”, disseram os advogados Ronan Alencar e Bruno Moreira. “Estamos atuando para que seja franqueado à defesa todo conteúdo processual, garantindo assim ao nosso cliente os direitos fundamentais à ampla defesa e ao contraditório”.
CNN