Cezar Bitencourt fala que não é verdade que o tenente-coronel vai entregar Bolsonaro, mas sim que Cid cumpria ordens

O advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Bitencourt, afirmou nesta 6ª feira (18.ago.2023) que houve “má-fé” na publicação da revista Veja na 5ª feira (17.ago) sobre suposta confissão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista a GloboNews, Bitencourt disse que não é verdade a declaração de que Cid vai entregar o ex-presidente, mas sim que cumpria ordens. Além disso, ele afirma que o tenente-coronel falará só sobre a venda do Rolex e não sobre outras joias.

“Eu não disse que foi a mando do Bolsonaro. Eu não disse que ele estava dedurando o Bolsonaro, apenas que é um assessor e estava cumprindo ordens”, afirmou. Segundo o advogado, Cid teria recebido uma ordem de Bolsonaro para “resolver o problema do relógio”. Ele não especificou, no entanto, se foi Bolsonaro ou Michelle que foi beneficiado com o dinheiro da venda do relógio.

Bitencourt foi questionado sobre como a venda do Rolex foi repassada e disse não saber a forma, mas que foi provavelmente repassada em dinheiro vivo. A Polícia Federal investiga a venda de 2 relógios de luxo, um da marca Rolex e outro da marca Patek Philippe. As duas peças teriam sido vendidas em uma loja no Estado norte-americano da Pensilvânia por US$ 68.000.

Um dos relógios, o da marca Rolex, foi readquirido nos EUA por Frederick Wassef, advogado dos Bolsonaros. Ele disse ter comprado a peça para “cumprir decisão do TCU” e negou que tivesse agido a pedido de Cid ou do ex-presidente.

Wassef foi alvo de operação da PF na noite de 4ª feira (16.ago). A reportagem da Veja também diz que: partiu de Cid a ideia de usar uma conta bancária em nome de seu pai, Mauro Lourena Cid, para receber os pagamentos pela venda das peças nos EUA;

Mauro Lourena Cid resistiu à ideia no início, mas concordou em emprestar a conta para evitar que o filho viajasse ao Brasil com o dinheiro em espécie; os 2 falaram sobre aproveitar a ida de Bolsonaro a Miami em dezembro de 2022 para entregar parte do valor da venda dos presentes. Cezar Bitencourt ingressou na defesa de Cid depois que o advogado Bernardo Fenelon deixou o caso. Ele alegou “questões íntimas”. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso desde maio de 2023.

Poder 360

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